Pois é, esta comédia original escrita e encenada por Márcia Cardoso, faz-nos rir de coisas sérias e, felizmente, não tem receio de ser politicamente incorrecta. O resultado é uma noite de pura diversão, onde as gargalhadas são muitas e o gozado lado “queer” dá-lhe um toque muito especial. Cardoso dirige com mão segura, tirando o melhor proveito do elenco ao seu dispor e aproveitando da melhor forma o palco.
O elenco diverte-se imenso com os seus personagens e são todos irresistíveis. Como o líder dos vampiros, Francisco Beatriz é o sexy Salazar (o nome diz-vos qualquer coisa, certo?) e a seu lado Marta Gil é Marcela, que deseja ser sua esposa. Ricardo Barbosa, é Higino, um vampiro gay com uma paixoneta por Marcelo e Diana Vaz é Salette, a nova vampira, que até pode ser comunista... cruzes, credo! Por fim, temos a Velha Senhora, de nome Dita Duras, encarnada em puro delírio drag por um António Ignês em estado de graça. Confesso, que com tantos pequenos e engraçados pormenores a acontecerem em palco, por vezes não sabia para quem olhar. Se calhar preciso de lá voltar, mas tenho receio de ser mordido...
Elenco: António Ignês, Diana Vaz, Marta Gil, Francisco Beatriz, Ricardo Barbosa e João Tempera (Voz)
Equipa Criativa: Encenação: Márcia Cardoso • Texto: Márcia Cardoso • Assistente de Encenação: Joana Almeida • Desenho de Luz: Rúben Brandão e Henrique Moreira • Produção: Meia Palavra Basta – Associação Cultural • Projecto Apoiado pela Fundação GDA e Junta de Freguesia de Benfica
Fotos: Alípio Padilha
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