Estamos perante uma tragédia sobre a ganância dos homens e como uma simples pérola pode trazer ao de cima o pior nas pessoas. Apesar de ter sido escrita em 1947 por John Steinbeck, a verdade é que o seu assunto é tão actual como naquela época.
Não se zanguem comigo, mas nunca fui grande apreciador da arte da declamação, preferindo sempre uma abordagem mais natural por parte dos actores. Aqui há um misto de ambos, mas curiosamente, tendo em conta toda a produção, a coisa até que funciona bem. Nesse aspecto gostei muito do trio de mulheres (Carla Chambel, Ana Lúcia Palminha e Rita Fernandes) que comentam a acção na tradição do coro de teatro grego.
O que me conquistou foi a encenação de Jorge Gomes Ribeiro. Com uma forte e simples componente visual (cenário e guarda-roupa), bem como um excelente uso do som, envolve os actores numa rede de que é impossível fugirem.
Elenco: Ana Lúcia Palminha, Carla Chambel, Paula Neves, Pedro Martinho, Pedro Pernas, Rita Fernandes, Rui Luís Brás, Tiago Costa
Equipa Criativa: Encenação e Dramaturgia: Jorge Gomes Ribeiro • Vídeo: Nuno Barroca • Desenho de Luz: José Carlos Pontes • Sonoplastia: Adriano Filipe • Apoio ao Movimento: Joana Furtado • Apoio à Dramaturgia: Sofia Santana • Cenografia: Marta Fernandes da Silva e Jorge Gomes Ribeiro • Figurinos: Rita Fernandes e Jorge Gomes Ribeiro • Mestra de Guarda-Roupa: Atelier Alda Cabrita • Design Gráfico: João Afonso • Site: Magaworks - Margarida Fernandes • Comunicação: Rita Fernandes • Produção: Manuela Morais / Companhia da Esquina • Assistente de Produção: Beatriz Nabais
Fotos: Tânia Fernandes
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