Faz hoje, dia 1 de Maio de 2013, um ano que o Teatro Rápido abriu as suas portas em Lisboa, na zona do Chiado. Durante estes 12 meses de vida, deu-nos 48 micro-peças de 15 minutos onde tudo foi possível. Para além dessas micro-peças, também teve peças infantis aos fins-de-semana de manhã e uma grande diversidade de espectáculos no seu acolhedor bar.
Pode-se dizer que fui praticamente arrastado até ao TR por um amigo de longa data, que mais tarde viria a co-dirigir um dos grandes sucessos da casa. Confesso que, com excepção de alguns musicais do LaFéria ou do Henrique Feist, andava completamente afastado do teatro português. Para mim este era sinónimo de uma coisa aborrecida, demasiado intelectual, feita a pensar nos amigos e não no público em geral.
Assim, com muitas reservas, lá fui ver as quatro micro-peças que inauguraram o TR em Maio de 2012 e comecei muito bem com O AMOR NÃO É UM FOGÃO, que continua a ser uma das emotivas peças que por lá vi. Nesse mesmo mês também delirei com uma comédia de nome COMATOSE. Nos meses que se seguiram, voltei sem receios e acabei por ficar viciado no conceito, sendo com prazer que todos meses lá me desloco, se bem que algumas, poucas, das micro-peças não foram propriamente um prazer. Mas o saldo é definitivamente positivo e o TR é responsável por ter mudado a ideia feita que tinha sobre o teatro português.
O TR revelou-me uma série de nomes, tanto de actores como autores e encenadores, que desconhecia completamente e tem feito um excelente trabalho de revelação de jovens cheios de talento, que dificilmente teriam oportunidades deste género se não fosse este espaço – o hilariante FOLHAS E NÃO CREDOS é um excelente exemplo disso. Tive o prazer de conhecer pessoalmente algumas destas pessoas, a proximidade entre o público e os artistas assim o proporciona, e a sua simplicidade e simpatia conquistaram-me sem reservas. Não ficámos amigos para a vida, mas é sempre com agrado que troco “dois dedos” de conversa com eles e elas. Como tenho receio de deixar alguém de fora, não vou mencionar nomes.
Quanto às 48 micro-peças que vi, houve de tudo para todos os gostos. Entre drama, comédia e coisas mais estranhas, dificilmente esquecerei, para além das três já mencionadas: JANELAS DO MUNDO; SEIS... QUASE MEIA; CONVERSAS SOBREPOSTAS AO BARULHO DA CIDADE; A ESTRADA; EGAS, BECKER E AS JOELHEIRAS DE AFONSO SOUTO; GUARDA-CHUVAS DE CHOCOLATE; AS COISAS PELOS NOMES; A MÃE DA NOIVA; ONCE UPON A TIME; LÁGRIMAS NÃO SÃO ARGUMENTOS; DIZ-ME RÁPIDO; PROFESSOR ROBERTO; EXORCISMO, UMA HISTÓRIA DE AMOR.
Assim, aqui deixo os meus sinceros parabéns a toda a equipa por detrás deste excitante projecto, desejo que ultrapassem todas as dificuldades com que se deparem e que o TR se mantenha aberto durante muitos anos. Para terminar, tenho que agradecer do fundo do coração a todos os actores, encenadores, autores e restantes membros das equipas criativas que passaram pelo TR e me proporcionaram tantos momentos agradáveis e outros mais incómodos. Parabéns a todos!
Querido Jorge!
ResponderEliminarAssim é a vida a fluir. Muito feliz por ter o meu nome impresso em projectos que te marcaram!
Grata pelo teu olhar.
Bem hajas*