Um casal muda-se para a sua nova casa com a sua filha bebé e, enquanto o marido vai passar uns dias fora em trabalho, a mulher começa a ouvir um fantasma às 2:22 da madrugada. Quando ele regressa, descrente da história dela, realizam um jantar com um casal de amigos, para que estes testemunhem ou não a assombração. Para que isso aconteça combinam ficar juntos até à fatídica hora: 2:22.
A grande questão que esta peça levanta é simples, acreditam ou não em fantasmas? Será que já passaram por experiências que não sabem explicar? E se passaram, conseguiram que acreditassem em vocês? Por acaso a minha resposta é afirmativa a estas perguntas, mas isso agora não interessa nada.
Estamos perante um texto muito bem construído, repleto de humor e com um quarteto de personagens bem verosímeis que depressa captam o nosso interesse e com quem aguardamos, com prazer, a chegada da hora maldita – 2:22. Até lá rimos muitos, apanhamos alguns bons sustos e saímos satisfeitos da sala, decididos a cumprir um pacto que fizemos entre todos.
Para terminar, breves comentários aos excelentes actores. Ana Cloe convence como uma mulher assustada, desesperada e frágil, para quem é importante que o marido acredite nela. Como o seu arrogante e descrente marido, Pedro Laginha é verdadeiramente insuportável de tão irritante que é. Joana Seixas é excelente como a amiga que sempre guardou um segredo e para quem um copo nunca é demais. Por fim, João Jesus é perfeito como o simplório, limitado, básico e espiritual acompanhante da amiga.
Uma boa noite de teatro que aconselho a não perderem e pode ser que saiam de lá a acreditar em fantasmas... ou talvez não!
Elenco: Ana Cloe, Joana Seixas, João Jesus, Pedro Laginha
Equipa Criativa: Texto: Danny Robins • Tradução: Ana Sampaio • Cenário: Susana Fonseca • Desenho de Luz: Miguel Cardoso • Assistente Encenação: José Chaíça e Maria Camões • Produção: Força de Produção • Encenação: Michel Simeão
Classificação: 7 (de 1 a 10) Fotos: Joana Linda
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